sexta-feira, 25 de maio de 2012

Atenção usuários de crocs!






Hahahahahaha!!!!! Rolei de rir...

Acorda pro Rock!!!



Drogas? Parei, agora sou DJ.





Minha próxima fantasia de Carnaval


A triste saga de Subzero


Mafalda


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Piadas de Brazileiros - O Caso Ana Lídia


       O brasileiro costuma ser bom piadista, pois já leva tudo na sacanagem. Inserido em sua miséria, inventa formas de rir de seu colonizador português e aproveita pra tirar um sarro dos argentinos, coreanos, cubanos...
       A piada pode ter muita graça, quando é pautada na imaginação. Mas será essa mania de piada, uma transferência da própria realidade do brasileiro? Se olharmos um pouquinho para qualquer lado que nos cerca, veremos a grande anedota da qual somos protagonistas. Para debaixo do tapete, jogamos uma verdadeira ilha das flores e, no entanto, achamos graça dos japoneses.
       Pode ter papagaios, loiras e bêbados, mas uma coisa que falta à piada de brasileiros é graça. Para exemplificar, uso um caso da minha cidade, que faz questão de ser aquele que nos foge à memória facilmente:

O CASO ANA LÍDIA

















       Em 11 de setembro de 1973, ocorre em Brasília, cidade ainda considerada pacata, um crime que até hoje deixa muita dúvida e assombro. A menina Ana Lídia, de sete anos foi sequestrada na escola em que estudava e em seguida foi estuprada, torturada e morta por asfixia. Segundo o laudo policial, sua morte ocorreu um dia após seu sequestro.
       Seu corpo foi encontrado por policiais em um terreno da UnB. Estava nua, de bruços, com a face comprimida contra a terra, tinha os cabelos cortados de forma irregular, rente ao couro cabeludo, seus cílios foram arrancados, sua vagina e ânus dilacerados, e tinha escoriações e manchas por todo o corpo, incluindo queimaduras de cigarro. Ao lado do corpo havia marcas de pneu e camisinhas.





       Entre os suspeitos do crime estão seu irmão, Álvaro Henrique Braga, que devia dinheiro a traficantes, o futuro presidente da República, Fernando Collor de Mello, Alfredo Buzaid Júnior, filho do então Ministro da Justiça, Eduardo Ribeiro Rezende, filho de senador e Raimundo Lacerda Duque, conhecido traficante de Brasília.
       A investigação foi completamente abafada pela ditadura. A polícia não colheu as marcas de pneu que estavam ao lado do corpo, o esperma encontrado nas camisinhas e no corpo da menina ficaram 15 dias no IML e não foram comparados aos dos suspeitos, o Ministério da Justiça proibiu a Polícia Federal de investigar a relação do crime com o tráfico de drogas, entre outras negligências. O pior de tudo é que a família da menina parecia passiva em relação ao assunto.
       Em 11 de setembro de 1993, o crime prescreveu sem se apontar nenhum culpado. Se o assassino se entregar hoje, não poderá ser preso.
     
PARA ANA LÍDIA

    
   Para amenizar o repúdio que o crime trouxe, foi dado a um parque infantil, situado no Parque da cidade, o nome de Ana Lídia. Homenagem que me parece um tanto irônica, o clímax da piada. Além disso, seu túmulo é um dos mais visitados do cemitério da cidade, onde pessoas fervorosas fazem orações e atribuem a ela a realização de milagres.














PARA OS SUSPEITOS

       Além da impunidade (palavrinha comum nas piadas de brasileiros) para todos os envolvidos, em 1990, o suspeito de participação no crime Fernando Collor de Mello é eleito Presidente da República, depois de ter sido prefeito, deputado e governador em outras cidades e, por fim, em 2007, torna-se senador. Quem sabe seu túmulo também venha a ser muito visitado. Talvez, bem mais do que o de Ana Lídia.        





       Nanna Carolina


Led Zeppelin - The Battle of Evermore