quinta-feira, 26 de abril de 2012

Fim do Mundo




Quem não tem sua  própria versão sobre nosso apocalipse? Com punições divinas, desastres naturais, caos e tudo de ruim que a mente humana pode imaginar, este mítico dia é até esperado por alguns. Com um fundinho de vingança, alguns religiosos já condenaram à danação eterna toda a população humana que não se "preparar" para o fatídico dia. 
Percorre em alguns o sentimento de culpa paralítica de quem se sabe cúmplice dos cavaleiros do juízo final e se intimidam em tentar reverter tamanho espetáculo. Encarando os fatos, todos sabemos que nossa estadia em Gaia não pode ser eterna, pelo simples motivo de as coisas assim o serem. No entanto, o que me preocupa não é esse estrondoso final, mas a qualidade de vida típica dos doentes terminais a que nos submetemos e naturalizamos. O fim do mundo, desta forma, não é mais do que uma misericordiosa eutanásia de uma espécie que já não tem sentido. 
Uma espécie que desaprendeu a cumprir as simples leis deste planetinha azul. Aceitamos "evoluções" que simplesmente não se adaptam sequer às nossas necessidades. Daí o coleguinha Darwin nos fala que, em toda a natureza, são as espécies que melhor se adaptam às leis e ciclos da Terra que sobrevivem. Nós perdemos todo o ritmo daqui, não importa mais se é dia ou noite, se é verão ou inverno, esquecemos o básico sobre a cadeia alimentar em que estamos inseridos, a sobrevivência se tornou uma coisa individual e o grupo que se f..., Humanos odeiam humanos, dividem gênero, raça, castas...
 Qualquer coisa pode desestruturar tudo que entulhamos da dita evolução até aqui. Desastres naturais, choques ideológicos, desesperos em massa, falta de energia elétrica, combustível ou outro vício humano, a descida de um E.T. ou a volta de Jesus. Não estamos, preparados, de fato, para nada.  
Desta forma, o tal do nosso fim me parece uma derrota espiritual da nossa especie, uma inadaptação ao mais simples aliada à uma corrida cega à suposta evolução do Homem.  Enfim, não é à toa que todos anteveem o fim.  


Nanna Carolina

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